o Inverno cai sobre a solidão de um ninho
desfazendo a trama
destruindo a cama
como se nada houvesse
como se não tivesse
um outro caminho

– esse o sentir
de quem apenas soletra
alguma letra morta
da mãe Natureza…

certo é que os ramos
onde a seiva dorme
nos dão a certeza

de neles apurarmos
essa mão enorme
que ampara e protege
que arqueja e descansa
enquanto se espera
ser já Primavera
onde o Sol emerge
da cor da esperança
– fotografia e poema de Jorge Castro