Há um outro factor a não descurar, em circunstância alguma, aquando da emissão dessa opinião: quais os interesses que estão subjacentes, que apoiam ou que cada um pretende apoiar ao emitir a opinião. A dimensão e o peso específico desses interesses delimitam as fronteiras entre o chamado livre-pensador ou filósofo e o propagandista, passando por outras posturas intermédias, que abrangem desde a conversa de café ao analista político-económico.
Da fusão organizada destas abordagens nasce a opinião partilhada. Óbvia será – por força das recomendáveis cautelas e caldos de galinha… – a necessidade de cada um aplicar os seus filtros protectores, antes de proceder à sua assimilação. O que vai gerar novos contornos, cada vez mais exógenos em relação à opinião original, num sem-fim que pode ter tanto de enriquecedor como de confusionista.
Enfim, isto de se ser homo sapiens é uma canseira e tem muito de que se lhe diga…