O mundo pula e avança em cada frágil momento de uma breve inspiração. Sabemos dele ser feito de mudança e não carecemos de arautos de «choques tecnológicos» nem de profetas da desgraça para o sabermos. Nem para o vivermos.

Porque a vida se faz connosco e é cada um de nós esse agente da mudança, sem que haja necessidade de alguma sombra tutelar que ilumine os nossos passos, para que o dia de amanhã chegue. Entretanto, quando escrevo, agora, a primeira palavra vertida é o passado e o futuro dificilmente saberei dele, para além de elementares expectativas.

Daí que tenhamos de escorar alguns momentos das nossas vidas, para nortear o que somos, preparando o novo dia que vier.

Ontem, dia 15 de Março de 2008, ocorreu o lançamento do meu livro Poemas de Menagem, um desses momentos que o bom senso me aconselha a reter. Com orgulho, claro. Que a modéstia, tendo cabimento, as mais das vezes só atrapalha. Aqui fica, pois, o apontamento através dos agradecimentos que enderecei a quantos deram alma ao evento:

– à Junta de Freguesia de Carcavelos, na pessoa da sua Presidente, a Drª. Zilda Costa da Silva, pelo seu desafio corajoso, e pelo sequencial apoio, sem hesitações ou demoras, e a quantos, colaboradores da Junta, com o seu labor tornaram também possível o evento;

– ao CRAMOL, por essa felicidade terrena de sabermos de um grupo de mulheres que nos cantam, encantando-nos; mas, principalmente, por nos trazerem o cântico da terra, ajudando-nos a conservar a matriz de que somos feitos, num tempo em que é tão fácil perdermo-nos de nós;

– à Fernanda Frazão, a minha editora e responsável pela Apenas Livros, pela cumplicidade, prontidão, paciência, disponibilidade e carinho com que me vai mal habituando, numa relação em que o tempo só tem vindo a reforçar os créditos. – à Rosário Rodrigues, que me acompanha com esse tipo de amizade desde os primeiros passos nesta aventura da escrita, com um entusiasmo contido e inteligente que me permite, tantas vezes por simples leitura de entrelinhas, emendar a mão sem que para tal seja preciso um explícito reparo; – ao Rui Farinha, querido companheiro de lides poéticas, excelente intérprete da “coisa poética”, cuja presença é um estímulo e cuja amizade, recheada de saberes, enriquece sempre os meus dias;

– ao Mário Piçarra, companheiro de muitas e antigas lutas em busca de um mundo melhor, que temos ambos a certeza de que existe, embora partilhemos algumas dúvidas acerca do local exacto onde o possamos encontrar; – à Estefânia Estevens, conhecimento recente das sessões das Noites Com Poemas, na Biblioteca de São Domingos de Rana, que, acompanhando os poemas de Francisco Lampreia, nos deslumbram, a mim e a todos quantos têm tido o privilégio de os ouvirem;


Imagens da audiência, de quantos me deram o prazer de estar presentes, daqueles a quem pude dar o meu livro e o meu abraço.
Por fim, ao Professor José d’Encarnação – de quem tanto lamento a ausência motivada por razões pessoais inadiáveis – pela amável disponibilidade e empenho, a que devo ainda acrescentar o destemor, por apadrinhar este nascimento.

Também à Lourdes Calmeiro, a minha-senhora-de-mim, que me ofereceu a capa heróica, e ao meu filho Alexandre bem como aos seus colegas e amigos pelo contributo precioso dado para que este livro se erguesse do chão.NOTA – Ver reportagem muito personalizada no blog da Tuna Meliches!