Segundo a VIP (nº 549, de 23 de Janeiro), Ana Maria Vinhas abandona a redacção da TVI para integrar a Direcção de Marketing e Comunicação da EDP, passando a auferir cerca de 6.000 euros mensais, mais telemóvel, mais carro topo de gama, mais prémios de produtividade e etc..
Quem mo disse – e eu confirmei na revista citada – foi a senhora encarregada da limpeza do meu estaminé, coitada, que trabalha a tempo inteiro, mas às horas a que os outros dormem, para arrecadar € 390 por mês.
Entre outras particulares razões, a ex-pivô do Jornal Nacional da TVI – como nos vão dizendo as “fontes geralmente bem informadas” – casada recente, quer engravidar e (cito a VIP) “agora, com o emprego na EDP, passa a ter uma vida mais calma e com horários mais certos, propícios a uma vida familiar mais estável”…
Bom, eu não tenho nada com isso, pois a EDP paga o que quiser a quem quiser e, a haver alguém a pronunciar-se, serão os seus accionistas. Também da boca da própria não ouvi nada concordante com tal notícia, que até pode ser boataria da grossa, mas, a confirmar-se, é de esperar esclarecimentos ou desmentidos por parte da EDP.
Sim, que isto de se entrar numa empresa que se apresenta – ela sim e com aparente legitimidade – como topo de gama no sector energético internacional, para ela (a empresa, claro) andar a recrutar altos quadros para disfrutarem de uma vida calma, com horários mais certos e propiciadores de uma vida familiar mais estável por aquele preço, pode desencadear, por um lado, uma corrida desenfreada às cunhas, e por outro – e bem mais grave – uma desvalorização galopante na Bolsa, por óbvio descrédito quanto aos superiores objectivos que norteiam a privada empresa nacional da energia.
Aguardemos, para ver… se é que há algo de novo para ver.