uma casa branca junto ao mar
onde as cores do poente desfalecem
no fundo onde tantos queriam estar
não houvesse os temporais que acontecem

– foto e poema de Jorge Castro

Praia do Moinho – Carcavelos
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Não, senhor! Não sou adepto de ‘correntes’, a não ser aquelas em que me quero deixar levar. Mas porque somos seres eminentemente contraditórios, resolvi alinhar numa que me foi proposta pela minha amiga Pessoana, do blog Belgavista.
O desafio: Qual é a frase que se encontra na 5.ª linha da página 161 do livro que andas a ler?

Para que conste, aqui fica, expandindo-me um pouco para que se faça luz: (Esta importante dis-)tinção entre ubiquidade e omnipresença não era clara (para a Igreja Medieval…) – in Dicionário do Diabo, pág. 161, 4ª, 5ª e 6ª linhas de Ambrose Bierce, ed. Tinta da China.
Um cromo difícil, cínico como as coisas cínicas, que nos desafia com definições deste calibre:
“AMADOR – Um transtorno público que não conhece a diferença entre gosto e habilidade, e confunde a sua ambição com a sua capacidade”.
Ou, falando do “AMOR – Demência temporária que se cura com o casamento…”.
De um ARADO diz ser “Um instrumento que clama por mãos habituadas à caneta”; e de um ASSALTANTE diz ser “Um homem de negócios sincero”.
Outro modo de ver o mundo, sem dúvida. E bem estimulante.
Sem qualquer compromisso ou obrigatoriedade, sugiro a sequência para o Herético, a São Rosas, o Morfeu e a SeiLá. Qual é, então, a frase que se encontra na 5.ª linha da página 161 do livro que andais a ler?