1. O computador pessoal não é, hoje, um instrumento de trabalho imprescindível em qualquer profissão moderna? – É.
2. Os professores não são trabalhadores por conta de outrem? – São.
3. Esse outrem, ou seja, a entidade patronal não é o Estado? – É.
4. Não é da competência e responsabilidade da entidade patronal providenciar os meios e instrumentos necessários para o adequado desempenho da função que espera do seu assalariado – como me consta que acontece na Finlândia e que tanto perturbava Jorge Sampaio? – É.
Ora, assim sendo, propor a um professor que adquira um computador que vai utilizar como instrumento de trabalho, com acesso a uma bandinha larguinha, por preço ‘especial’ e condições ‘favoráveis’, é uma habilidade que não lembrava ao diabo, mas ocorreu ao elenco socrático!
Duma assentada, moderniza equipamentos a expensas dos funcionários, alija a responsabilidade da assunção dos encargos que lhe competem enquanto entidade patronal, nomeadamente na manutenção dos equipamentos e eventuais encargos com actualização de software, e ainda espera que os seus funcionários – falamos, no caso, dessa reles tropa fandanga dos professores… -, obrigados e reconhecidos, louvem a benesse que lhes foi concedida por tão excelsa e benemérita governação!
É preciso topete!… Ou, então, como é costume, sou eu que não percebo nada disto!