a mesa da sueca

em redor do verdor daquela mesa
onde cartas se debatem sem destino
cada trunfo tem a cor do desatino
cada mão fecha o ciclo da certeza

voam naipes num volteio com leveza
paus espadas ouros copas como um sino
cujo timbre quase soa como um hino
ecoando pelos cantos da incerteza

cada par se entendendo frente a frente
entre voltas feitas de quatro intenções
nos olhares cada qual o mais ausente

e por fim ao somar pontuações
num ensejo de preguiça mais ridente
volta a vida a sorrir com marcações.


– foto e poema de Jorge Castro