em voo negro no azul
chegam em bandos do sul
como dádiva solar
chegam em bandos do sul
como dádiva solar
trazem memórias nas asas
e crescem nas nossas casas
em chilreada de amar
negro o voo cruza o anil
e as nuvens cheias de Abril
num anseio de ficar
mais tarde na despedida
prometem-nos na partida
que Abril há-de voltar
mas nas paredes caiadas
feitas de barro caladas
continuam a voar
– foto e poema de Jorge Castro