olha

mãe
tenho fome de viver
dá-me calor
acalanto
mas dá-me também o tanto
de voar
e de saber
foto e poema de Jorge Castro

– Não me conformo! Aprendi com os meus pais e em quantos livros li que a edificação e abertura de uma escola tornava um país mais rico.
Quando seria de esperar o regozijo por se inaugurar uma escola lá onde a persistência das gentes, comendo tantas vezes o pão que o diabo amassa, colhe a alegria de contar AINDA com uma dezena de rebentos, os nossos “eleitos” decidem, a bem das finanças “públicas”, encerrá-las.
A conversa é estafada. E, pessoalmente, também já estou estafado com ela. Mas eu, que sou homem de votar sempre, aqui declaro que jamais votarei em qualquer agrupamento político que defenda ou assuma esta atitude.
Não há, no meu ver de cidadão, qualquer legitimidade ou argumentação admissível para que o estado encerre uma escola, desde que haja UM aluno que possa frequentá-la. Não há, claro, exceptuando a da defesa inconfessável do ensino massificado, acrítico… floribélico. Mas tudo “alindado” com o argumento, ao rés do asco, da “racionalização de custos”.
Ou, então, assuma-se de vez a incongruência do “interior” e proiba-se liminarmente que ele seja habitado por humanos. Fica tudo entregue à bicharada, que as organizações ambientalistas até agradecem e acaba-se de vez com argumentos hipócritas e mal amanhados que nos insultam a inteligência – o que, por si só, será já tarefa misericordiosa…