Depois, interessa realçar, também, o facto de estarmos em presença de um exemplo vivo de um conceito que eu, pela parte que me toca, muito gostaria de ver multiplicado por mil, por um milhão, pela Terra toda e, emfim – porque não? – pelo universo.
Não o de sermos “todos diferentes, todos iguais”, que pode valer como slogan localizado e pontual, mas pode também vir a revelar-se uma grande chatice.
Mas sim o de, sendo diferentes, diversos, diversificados – como interessa que o sejamos e é essa a nossa abençoada matriz a acompanhar-nos pela vida fora – ainda assim, sermos capazes de criar entre nós as pontes que nos aproximam, que nos fazem cúmplices dessa vida e que nos impelem a seguir em frente.
Essa é, para mim e sem margem para dúvidas, a alma deste livro.
Não se me dá de saber quantos doutores, engenheiros, cavadores, pedreiros ou, mesmo, gentes de marinhagens é que o compõem.
Mas livrai-nos, senhores, dos literatos feitos ervas daninhas ou dos bichinhos de prata das bibliotecas, que esses comem-nos o papel, bebem-nos o sangue da inspiração e têm indigestão de palavras!…
Apenas e só pessoas que, pelas estradas da net, souberam construir caminhos… que nos conduziram a todos à Quinta da Ribeirinha e que ninguém, em seu imperfeito juízo, pode saber onde irá parar.
E o veículo utilizado, cheio de energias alternativas, foi, no caso, a poesia.
E como é tão doce este vinho, por nós, os autores e os nossos amigos, pelos presentes e pelos ausentes, ergamos as nossas taças e brindemos a todos!
À poesia e à Vida!