Pronto! Já sabemos que todos os co-analistas televistos e radiodifundidos são cavaquistas. Nada a fazer!…
Como qualquer lixo televisivo, só temos de o aturar se não exercermos aquele direito singelo de cidadania que consiste em desligar o aparelho nas trombas dos tunantes.
Temos, pois, uma democracia fraca que alia à sua debilidade de gestores em todos os níveis de decisão nacional uma cáfila de bobos da corte que apenas agita os guizos nas louvaminhas aos euros que lhes caem nos bolsos.
Não aceito, enquanto português, aqui e agora, que nenhum desses excrementos do poder ouse sequer pensar em condicionar a minha capacidade crítica ou de opinião, através de juízos pessoais ou de “sondagens” convenientes aos seus desígnios tão escandalosamente patentes e denunciados.
Vivemos, na verdade, num país pobre. E somos nós todos que assim o fazemos.
E assim o manteremos se não invertermos, cada um, comportamentos e atitudes.
(Sim, já sei que nada disso cai do céu! Mas não é menos verdade que nos tomba na cabeça!)
Assim, algumas reflexões provocatórias de um analista eventualmente manuelista:
1. O PSD quer Cavaco. Já cá se sabe – pelo menos enquanto não for poder. O PS (leia-se o de Sócrates, no poder), também o quer. Apenas assim se poderá entender o apelo dos altos dirigentes “socialistas” à desistência dos demais candidatos em favor de Mário Soares.
2. Esclarecendo: se Manuel Alegre será incómodo a Sócrates, duvido que Mário Soares não o seja também. Com o apelo à desistência, no limite, a derrota inevitável de Mário Soares logo à primeira volta, permitiria a Sócrates um suspiro de alívio, por não ter de levar nem com o Manuel Alegre, nem com o idoso jarreta que foi obrigado a engolir, ambos uns tremendos chatos com essas tretas dos humanismos e outras infantilidades do género!
E com o senhor professor das economias haveria todo o entendimento que as “superiores razões de estado” permitissem. Seria a “coexistência” à portuguesa. E já nem meto neste maquiavelismo luso o Louçã nem o Jerónimo, para não complicar mais o enredo…
Tudo ficaria consensual e coexistentemente podre neste reino da Dinamarca.
3. O centralão reinaria em paz celestial e o portuga apenas poderia ter por certa a “alternância” de poder que tem vigorado a qual tem, na verdade, transformando este país na casa de alterne em que está transformado.
(Vou ali vomitar… e já volto!)