Concebido em 15 de Dezembro de 2003, assumiu o Sete Mares corpo definitivo em 01 de Janeiro de 2004.

Houve madrinha – a excelente THITA – e afectos vários, no acto de que nasceu.

Entre hesitações por afazeres múltiplos, mas na presença de um desafio já com nome e projecto, ainda que difuso, arrostando com alguma inépcia nas “informáticas”, assumi o compromisso, que a fresca idade mas ímpeto ardente da minha madrinha estimulavam (e impunham!) …

Nunca este espaço teve a pretensão de ser uma coisa grande nem, sequer, uma grande coisa. É um pouco diário de bordo, confessionário aberto, aqui e ali um eco de algum grito de alma.

Mas criou pontes. De afectos, umas. De interesses próximos e convergentes, outras. Foi assim que aceitei os convites de colaboração, primeiro no POEMAS DE TRAZER POR CASA E OUTRAS ESTÓRIAS e, depois, n’A FUNDA SÃO. Qualquer dos convites me honrou e honra por igual. Cada qual a seu jeito. E não cabem aqui distinções hipócritas.

Não menos honrado fiquei com a inclusão de pequenos trabalhos meus em espaços que reputo de referência onde, entre tantos, quero destacar a CATEDRAL.

Cultivo o prazer que me dá ir percorrendo, em visitas esporádicas, outros espaços de outros companheiros de jornada, com a limitação tremenda de não poder “cuscar” tudo o que por aí se vai passando… Óbvias razões de elegância e normas de bom viver impedem-me de destacar este ou aquela entre tantas dezenas. Eles aí estão, ao lado direito dos Sete Mares.

Ao ZECATELHADO, como à SÃO ROSAS, estou devedor pelo seu empenhamento em promover encontros entre a comunidade, neste país de desencontros, subvertendo esse preconceito de que a blogosfera é um espaço de anónimos, tímidos ou psicóticos.

À luz clara do Sol (ou nas luzes trémulas da noite…) as caras têm-se revelado sãs, risonhas e esperançosas.

Também promovi encontros, publiquei muitas dezenas de poemas inéditos, enriqueci-me de pessoas.

Tenho tentado receber, nesta casa, cada visita condignamente.

Assim, irei entrar no 2º ano da existência dos Sete Mares.

Tentarei, com o meu ínfimo e desajeitado contributo, zelar pela criação do homem novo, sem perder de vista a recomendação do poeta José Gomes Ferreira: “PENSO NOS OUTROS, LOGO EXISTO”.


Nestes dias de horror em que a mãe natureza fez questão de nos recordar a nossa pequenez, mas nos dá a oportunidade, assim, de mostrar também a nossa grandeza, deixo os meus votos para que 2005 dê passos decisivos para essa “Irmandade dos Homens”, que John Lennon cantava.