NÃO QUEREM PENSAR EM BOICOTAR A TVI?
Se dúvidas houvesse quanto aos “tiques” censórios de tantos “representantes governamentais” feitos à pressa e, de facto, sem qualquer resquício de cultura democrática, teríamos aí o sr. ministro dos assuntos parlamentares, Rui Gomes da Silva, para desenganar os mais crédulos.
Abespinharam-se os meninos porque o prof. Marcelo, da mesma cor ainda que de diferente feitio, não alinhou no cortejo dos louvaminheiros e desancou o governo de Santana… E o sr. ministro vem exigir o “contraditório”!!! De quem, ó alma pura? Do Bloco de Esquerda, talvez?
E porquê, se não perdermos de vista que se fala aqui de um comentador? Castigado por delito de opinião? Um debate e um comentário não são a mesma coisa, como é evidente.
Santa estupidez! Esta gentinha estúpida e insegura até da sua inteligência tem medo!
Rui Gomes da Silva quereria o quê? Debates “democráticos” com as diversas nuances do PSD e talvez um ou outro PP, a acenar com a cabeça? Esgota-se-lhe ali o conceito de sociedade democrática?
Mas governo governa e vai de fazer pressões sobre Paes do Amaral, patrão da TVI, para aconselhar o professor a “amenizar” os comentários. E o Paes alinhou logo, claro, que isto de pressões de governo são sempre insustentáveis para quem está mais interessado em cair em graça do que em ser engraçado. Dizem-no privado mas, se calhar…
O prof. Marcelo que – goste-se ou não da personagem – parece manter uma coluna vertebral razoavelmente direita, honra lhe seja, manda dizer aos meninos que para este peditório já deu e bate com a porta, não se submetendo àquilo que é uma manifestação despudorada de CENSURA. Isso mesmo! E não há que estar com paninhos quentes: o episódio configura uma clara e institucional manifestação de censura!
Para mim a coisa é clara: a partir de hoje e enquanto se mantiver este “status”, não voltarei a ver TVI. Inicio, pois, aqui um boicote activo àquela estação de tv.
Hoje, ainda, terá lugar um plenário cá em casa sobre o assunto e, amanhã, estenderei a atitude ao meu local de trabalho.
É pouco? É o que está ao alcance imediato do cidadão. E nem custa dinheiro… Haja cidadãos!