Não que eu tivesse grandes dúvidas, à partida, quer da rotunda qualidade da dita, quer da possibilidade de lá morar gente à séria, com carne e ossos e tendões e vísceras e cérebro e tudo, enfim, aquele conjunto de circunstâncias que tornam o “próximo” apelativo e idêntico a nós próprios…

Mas não fosse o Diabo tecê-las, nada como apalpar a realidade (salvo seja…) para nos libertarmos de dúvidas desadequadas.

E, de súbito, Lique, Pandora, Ognid, MJM, Zecatelhado, Wind, Luís Ene, Imatta, SeiLá, Inconformada… – não estão à espera que enumere todos, pois não?… – Marias um pouco por toda a parte, Luíses e Paulos e Maneis e uma data de outros, vindos de longe, de perto ou de assim-assim, fizeram-se, por uma mão-cheia de horas, os amigos que talvez nunca tenham sido, no passado, mas que reunem excelentes condições para o serem, no futuro.

Todos à volta de uma mesa, que nem era távola, nem redonda, mas que nem por isso desdenhavam da demanda de algum Santo Graal que um brilhozinho nos olhos anunciava.

No fundo, talvez nada tenha sido muito transcendente. Foi tão somente aquela imensa alegria de redescobrir que o mundo tem gente lá dentro e que cada um de nós faz parte dele.

Que talvez tenhamos – cada um de nós – o desprezível peso de quase-nada neste concerto universal e, ainda assim, termos sido um peso-pesado nos afectos, nos sorrisos e nos abraços.

Passei uma boa parte da tarde a visitar a “confraria”… Cinquenta visitações é obra e o Sol chateou-se de me ver passar a tarde à sombra. Mas penso que recolhi já uma muito razoável unanimidade de pareceres quanto ao evento: valeu a pena. E é o bastante!

Pensar, então, que houve quem rumasse do Porto ou de Faro propositadamente para partilhar este momento, deixa-me sem ter muito mais para dizer.

Houve quem falasse do narcisismo que está subjacente a cada blogger… E não se poderia estar mais de acordo, porquanto todos estávamos indiscutivelmente belos.