(Agora vou ser patriota! Tenho dito!…)

Portugal arde…

Nem tarde

Nem cedo

Portugal arde…

Em fogos de medo

E de indignidade

Portugal arde…

É o chão que se ateia

Se atiça

Fenece

E Portugal arde…

Estão negros os brancos muros de Sophia

E o céu azul é manto de cinzas

E Portugal arde…

Ah que outras labaredas

Invadam as casas

Os lares

Os degredos

Até que alguém grite

De coração à solta

E de olhos acesos

Que Portugal vive!

– Jorge Castro