1. Há um ministro que testa equipamentos de segurança, nomeadamente um canhão de água, para dispersar multidões. Não porque o comportamento dos lusitanos especialmente o justificasse, mas porque lá vem o Euro 2004… E o canhão de água, deixado solto aos elementos, decide aspergir, com alegria e desvergonha, o senhor ministro mais a circunstancial comitiva, proporcionando ao grupo lustroso um repimpadíssimo banho.

Há alguma justiça nisto, é bom que se diga!

2. A ministra das Finanças, esquecida das críticas que o seu grupo partidário dirigiu – pelos mesmíssimos motivos – ao governo que antecedeu o actual, vai ao privado (salvo seja!) e descobre o gestor que estava a fazer falta para a área das contribuições e impostos. De caminho e para o homem ficar bem imbuído do espírito de servir que à coisa pública interessa, vai de remunerar principescamente o indivíduo – coisa a rondar os 5.000 contos mensais, fora os extras…).

Aqui a questão é saber se não haverá, naquela “corja de incompetentes e corruptos” que campeia na Função Pública, nenhum artista capaz de apresentar credenciais que garantam à senhora ministra um desempenho capaz, a preços que ela própria determina e mantém para os funcionários do Estado. É que se não há, então o que é que estão lá a fazer os “quadros superiores” da administração? A coleccionar anos para as respectivas reformas (que não serão despiciendas)? E a senhora ministra não os põe com dono porquê? Caridade, talvez…

E aquele gestor é tão bom, porquê? Pela sua acção na Médis? Constou-me que aquilo não andava a correr muito bem… Se calhar enganaram-me…

3. A gasolina continua a subir. A Galp (ainda do Estado), que pratica um preço cá e outro muito mais reduzido em Espanha, sobe os preços logo que é anunciado um novo aumento no mercado petrolífero. Ou seja, começa a facturar muito antes de ser facturada.

A lógica chula do Estado, que faz incidir os impostos sobre o preço da gasolina no produtor, faz com que a fatia da tributação aumente também, “acompanhando” o aumento verificado no tal produtor, sem qualquer lógica tributária, de justiça social, ou racionalidade em geral, para além do consabido esquema de chulice desenfreada e sem controlo de qualquer espécie…

Mentira? Pois!… Então porque é que a gasolina está cerca de 17 cêntimos por litro mais barata em Espanha?

Comentário final: Há já algum tempo que eu ando a desenvolver a tese de que Portugal foi invadido por extraterrestres. O mundo inteiro que se cuide!