Estive para intitular este ‘post’ como Maré Publicitária mas, por associação de ideias e identidade cultural, penso que aquele título é mais apropriado…

Vem isto ao caso de eu andar a adquirir a colecção de autores que o Independente vem publicando nas últimas semanas. Quatro euros, bons autores ‘resgatados dispersos de imprensa’, ao alcance de bolsas até a dar para o carenciado – perdoa-se mal a imensidade de gralhas que grasnam naquelas páginas.

Leio, do Alexandre O’Neill, no seu “Coração Acordeão“, esta pérola:

“Eu: – Então neste restaurante, que está numa quinta tão bonita, não há rebanetes para pôr na salada, como eu pedi?

Empregada: – Não! Aqui só há árvores e talheres.”

Por vezes, a simplicidade da vida está tão próxima e é tão óbvia, que nós nem damos por ela!…