Em 9.5.04, eu li no Abrupto:
20:59 (JPP) – VIOLÊNCIAS SOBRE PRESOS
“Há um documento português, posterior ao 25 de Abril, demasiado esquecido, que retrata uma realidade idêntica àquela que envolve alguns soldados americanos. Chama-se Relatório da Comissão de Averiguação de Violências Sobre Presos Sujeitos às Autoridades Militares, editado pela Imprensa Nacional em 1976. É hoje uma raridade bibliográfica. Algumas das sevícias cometidas são semelhantes àquelas que foram infligidas aos prisioneiros iraquianos, em particular, humilhações de tipo sexual. Nesses comportamentos destacou-se o Regimento de Polícia Militar então dirigido, entre outros, pelo Major Tomé, posteriormente dirigente da UDP.”
Posso comentar? Então, com sua licença:
O nosso ilustrado JPP pretende o quê com aquela “entrada”? Deixo aqui algumas sugestões interrogativas:
1. Sugerir que os soldados americanos aprenderam as técnicas de sevícias com os magalas portugueses, sempre preocupados em dar novos mundos ao mundo?
2. Desculpabilizar, minimizando pela vulgaridade, as atitudes criminosas dos soldados americanos porque não foram os primeiros a praticar tais actos?
3. Provar, urbi et orbi, que pesquisa que se farta e que se não é ele próprio a chamar-nos a atenção para o facto, teme passar despercebido tal afã inquisidor?
4. Vingar-se de algum pecado velho, a que o pudor tem aconselhado recato?
Imagino-o, amiúde, de toga e sandálias, pedagogo laureado perorando ao povo das virtudes do saber. Mas deste escapou-me o alcance…
Não se percebe. Não se alcança daquele textículo a intenção que, como é apanágio de JPP, é seguramente das melhores… das tais de que estará o inferno repleto, segundo alguns sacristas nos informam.