A propósito de um cravo lançado ao chão no Parlamento da Madeira.
COITO PITA PRATICAVA…
Coito Pita praticava
Postura de ditador
Lançando ao chão a flor
Que de Abril o incomodava
Praticava o Coito Pita
De ditador a postura
No Parlamento coitado
Pela razão aflita
De um outro deputado
Por gentileza ou loucura
Ter deixado a flor maldita
À sensível criatura
Pensaria com horror
Talvez o Pita coitado
Em razão angustiada
“- Mas o que dirá de mim
o presidente Jardim
se eu colher a flor
de um homem p’ra mim deixada?…”
Com suporte conivente
Dos pós de per-lim-pim-pim
Mamando da vaca asmática
Deste velho continente
Entre um Coito de má prática
E um Alberto Jardim
Fica-se a Madeira assim
Em palhaçada autocrática
Pim!…
E fechadas as torneiras
Das tetas que Abril abriu
À corja que se empanturra
Talvez voltem as maneiras
À tropa fandanga e vil
Que nos goza à tripa-forra
Na ilha primaveril…
– Jorge Castro
29 de Abril de 2004