Ca ganda bósnia! foi uma imprecação soltada salvo erro pelo MEC, há já algum tempo, e que me caiu no goto… (Não sabem quem é o MEC? Sabem, claro. O Miguel das orelhas, esse todo…)

Vem isto a propósito de que um termo ou uma expressão, soltados a preceito, daqueles que enchem a boca e esvaziam a alma, redimem-nos com o mundo. E muitas vezes essa história do vernáculo é apenas coisa que anda pelo imaginário preconceituoso e borbulhento das nossas cabecitas. A verdade, porém, é que nem sempre é adequado ou próprio gritá-los na via pública, sob pena de sermos vítimas de amarguras diversas, sabe-se lá se desproporcionadas até relativamente ao desabafo.

Por isso e como a intenção é que conta, sugiro uma manobra de desvio das intenções, ainda que mantendo as atenções alerta, não esquecendo que o tom empregue será determinante para o efeito pretendido. Passo a exemplificar:

– Quando aquele ’empresário’ sugeriu os 69 anos para idade para a reforma, poderíamos mimoseá-lo com qualquer coisa como isto: oh, pá, vai mas é apanhar nas berlengas!

– O tal deputado do PSD Madeira, que já de sua graça é Coito Pita, um coitado, portanto, e que para nossa desgraça não gosta de cravos, poderíamos recomendar-lhe: meu, precisavas era que alguém te fosse à orla marítima!

Como se vê, tudo inócuo, mas com algum potencial de desabafo e titilação do imaginário. O interlocutaor, por outro lado, apercebendo a imprecação pelo tom usado, ficará perplexo, pasmado, quiça atónito e, porventura, sem resposta…

Alguém tem mais sugestões?