Tenho procurado, afanosamente, nos últimos dias, algo de bom e/ou belo para ‘prantar’ neste blog tão carregado de notícias de maus eventos.

E pronto! Descobri. Local: praia de Carcavelos. Geograficamente pertencente ao concelho de Cascais e politicamente integrada numa zona libertada. Libertada, sim! Aqui o poder está, mais do que em qualquer outra parte do mundo, nas mãos dos construtores civis. Há por aqui uma brisa pútrida, cimentada, anarca, para quem o poder central é mera figura de retórica (ou, então, vai-s’a ver, são todos primos…)

Admire-se a paisagem! O bloqueio ao horizonte! O entrave ao pôr-do-Sol!

Quem terá podido, em seu juízo perfeito, ter autorizado aquele mostrengo?

Quem terá podido, em seu juízo pleno, construi-lo?

Quem poderá, em sã consciência, usufrui-lo?

Cascais fede – e é da lixeira de Trajouce, a céu aberto, que se mantém pujante. E Cascais morre e, a cada dia que passa, são construídos mais caixões para o seu enterro, na paisagem.