Ontem tive o privilégio de assistir ao lançamento do livro de Saramago, o “Ensaio Sobre A Lucidez”, bem como aos comentários-debate com que José Barata Moura, Mário Soares, Marcelo Rebelo de Sousa, para além do autor, obsequiaram os presentes.
Algumas ideias-mestras interessantes para reflexão, sugeridas pelos intervenientes:
1. Porque não se discute ou discute tão pouco a democracia e o seu estado actual de ‘bloqueamento’?
2. O cidadão global, enquanto conceito (realidade) de combate à globalização imposta pelos grandes interesses económicos.
3. A precaridade do emprego é uma fatalidade irremediável? Quais as causas para que os governos do ‘mundo ocidental’ tenham, nesta matéria, invertido em 180 graus as respectivas políticas, ao longo dos últimos vinte anos?
4. É o Saramago que está amargo e pessimista ou, conforme as suas palavras, o mundo é que está péssimo?
5. Se a democracia não se esgota nos partidos, ainda que estes sejam necessários, que fazer, até como exercício de cidadania?
6. O voto em branco pode ser útil? Em Espanha, 600.000 terão votado em branco, nas últimas eleições, o que representa mais votos do que alcançaram alguns partidos com assento nas cortes.
7. E depois de Bush? E o que é que isso interessa?…