by OrCa | Mar 22, 2014 | Sem categoria |
Hoje mesmo, pelas 22 horas, no Clube Desportivo do Arneiro (Carcavelos – Cascais), em sessão evocativa à Vida de António Feio, através da poesia de Carlos Feio, dita pelo próprio, acompanhado por José Proença de Carvalho (voz) e Hugo Sampaio (música). Também eu darei um ar da minha graça, em homenagem sempre merecida a António Feio e pelos caminhos dos afectos que me aproximam à família Feio…
by OrCa | Mar 8, 2014 | Sem categoria |
Dar Voz à Palavra, eis a fórmula escolhida para nomear uma iniciativa em curso na Escola Secundária de Peniche – um concurso de leitura e poesia – e que, conforme se anuncia nos seus objectivos, se destina a:
1. estimular o contacto dos jovens com o texto poético;
2. tornar o acto de proferir o texto poético num momento artístico;
3. dar voz interpretativa ao texto poético;
4. celebrar a língua portuguesa.
O convite chegou-me através da professora Noémia Machado, responsável pela Biblioteca Escolar, organizadora do evento, em parceria com o grupo de Portugês da Escola.
Esta sessão, como respigo do seu cartaz de anúncio, «com bons exemplos de diseurs, tem a finalidade de ajudar a preparar a prestação dos nossos alunos representantes das turmas para a final do concurso de leitura de poesia Dar Voz à Palavra que irá ocorrer no dia 21 de Março (Dia Mundial da Poesia)».
Contámos com a participação especial de alunos da Escola: Bruno Colaço (música), Joana Rosado e Mariana Rodrigues (dança).
– Bruno Colaço (piano)
– Os convidados: Rogério Cação, Ângela Malheiros e Jorge Castro
Após a apresentação do evento, a cargo da professora Noémia Machado – a quem devo manifestar o meu agradecimento pela cordialidade no acolhimento, tanto quanto pela muito amável apresentação – cumpriu-me prosseguir a sessão dissertando sobre o que tenho vindo a aprender, ao longo da vida, sobre a arte de divulgar poesia e comunicar com um público, exemplificando sob a forma de vários poemas de minha autoria e esperando que o que ficou dito e feito se venha a revelar útil para os presentes que, já agora e a propósito, compunham em muito significativo número o grande auditório.
Grande, também, o prazer por mim sentido ao ser de imediato sequenciado por vibrantes e suculentos desempenhos por parte dos meus companheiros de painel: Ângela Malheiros e Rogério Cação, ambos provando serem senhores de muitos saberes nestas vidas de partilhar poemas.
Com eles contei para o desafio lançado aos assistentes e que consistiu em entoarmos em coro e animosamente a Procissão, de António Lopes Ribeiro, seguindo a conhecida versão de João Vilaret.
– Ângela Malheiros
– Rogério Cação
– Joana Rosado e Mariana Rodrigues
Após um breve intervalo, com chá, bolos e convívio, avançámos para a segunda parte do evento que voltou a contar com os desempenhos dos alunos, já mencionados, e com um novo painel composto, agora, com elementos do corpo docente da Escola, a começar no seu Director, José Diniz, e as professoras Laura Diniz e Célia Pereira.
– José Diniz
– Célia Pereira
– Laura Diniz
Uma excelente sessão de poemas, pois. Um exemplo mais e tão bem conseguido, dessa arte maior de se ser professor, militante pela causa do Ensino e da transmissão de conhecimentos, que se consubstancia no que chamamos preparação para a vida, mas uma vida recheada de humanidade.
Por mim, foi uma honra ter recebido tal convite e espero bem ter sido capaz de corresponder satisfatoriamente ao que me foi proposto.
Por tal noite… nem se deu pelo tempo passar.
– Fotografias de Carlos Peres Feio
by OrCa | Fev 16, 2014 | Sem categoria |
Antes de mais, o aquecimento, pois a prova adivinhava-se exigente. Para tanto, contou-se com um cozido à portuguesa, ali pelo restaurante O Selim, nas Caldas da Rainha, em boa companhia de comes e bebes.
As hostes encontravam-se já reforçadas por briosos mancebos vindos do norte, em romaria…
Depois, rumou-se à Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, para a programada apresentação dos meus Outros Poemas de Menagem, com distribuição livre, apenas com a sugestão de donativo voluntário em favor da Associação Humanitária dos Bombeiros de Carcavelos e São Domingos de Rana, como tem sido hábito no trajecto que este livro tem vindo a percorrer.
A sala apresentava-se confortavelmente preenchida, à nossa chegada…
..e melhor ainda foi ficando ao longo da sessão.
Coube a Palmira Gaspar a abertura solene mas informal da sessão, proporcionando aos presentes uma visão global daquilo com que poderiam contar…
… logo depois sequenciada por Carlos Gaspar, ambos da Comunidade de Leitores e Cinéfilos das Caldas da Rainha
e incansáveis organizadores deste e de tantos outros eventos; Carlos
Gaspar que nos apresentou os quatro jovens músicos do Conservatório de
Música das Caldas da Rainha, que amavelmente se associaram a esta apresentação, inaugurando-a:
– Beatriz Morais (violino)
– Ruben Tavares (acordeão)
– Catarina Oliveira (violino)
– Helena Caldas Lopes (piano)
Na «ordem natural das coisas», passou a palavra para a minha querida amiga e editora, Fernanda Frazão, que me proporcionou – se os demais presentes me perdoam o egoismo – uma dessassombrada quanto emocionante apreciação do meu percurso, nestas e noutras lides… que o pudor me impede de mais comentar. Apenas isto: outra vez e sempre, o meu grande abraço, Fernanda!
Logo mais, e após providenciar a distribuição do livro pela sala, coube-me a mim continuar…
… através da exposição das minhas razões – obviamente muito ponderosas – que justificaram a feitura de mais um livro de poemas – estes de bem-dizer – em percurso alongado sobre as referências muitas da minha vida, que me ajudam a ser aquilo que sou… enfim, para o melhor como para o pior, dir-se-á.
A discurseta foi sendo entremeada com a leitura de alguns poemas do livro, dando-se realce maior àqueles que, de algum modo, colhem sugestão ou referência nas Caldas da Rainha, nas muitas passagens que por lá já conto.
Foi a vez de entrarem em cena o Mário Piçarra…
… e a Heloisa Monteiro, amigos e companheiros que trouxeram de si do melhor que têm para dar: algumas composições originais do Mário – algumas até com poemas meus -, além de outras das suas superiores referências musicais, belamente acompanhadas pela Heloisa, que também a solo nos proporcionou uma prazenteira viagem, preenchendo a sala de afectos.
Ia boa a tarde e a cumprir-se o dia, quando, em boa hora, desafiei os compinchas da Tuna Meliches, que se encontravam presentes e com quem desfrutei, gloriosamente, dos momentos mais galhofeiros da minha vida, a darem um ou vários arzinhos da sua graça, já que se encontravam musicalmente equipados – refira-se, a talhe de foice, que tendo eles feito a sua deslocação às Caldas da Rainha de comboio, aproveitaram (como sempre) o ensejo de dar música durante a viagem a quem com eles partilhasse a carruagem…
Os desafios multiplicaram-se…
… e a fotógrafa estava lá!
… A récita alargou-se…
… do Alentejo chegou um passarinho que cantou, assobiando, e ainda não eram as quatro da madrugada…
… e vá lá saber-se como, o coro alargou-se à plateia…
… em memorável comunhão de gritaria!
Aida Reis, enquanto responsável por aquele espaço e nossa muito amável anfitriã, encerrou a sessão…
… que estava já muito para além da sua hora de encerramento aprazada, congratulando-se com a alegria e vivacidade que todos emprestaram à festa – que o foi, na verdade e para além de outra qualquer coisa.
Finalmente,o inevitável mas devido exercício a favor da tendinite, aproveitando-se o tempo para os últimos abraços… até à próxima.
E, assim,
Outros Poemas de Menagem se cumprem, dando azo a outros mais, em espiral de eterno retorno, que é, afinal, a razão de ser desta aventura.
Bem hajam e podem ir contando comigo, como eu conto convosco.
(Nota de remate, fora do contexto mas contextualizável: por pudores que assumo, não vos referirei o montante recolhido através do tal dinativo a que acima se faz referência e que os Bombeiros de Carcavelos agradecerão, mas sempre posso avançar que também ele excedeu as expectativas.Nada faltou, pois, até ao remate feliz deste evento.)
– Fotografias de Lourdes Calmeiro… além de outras três da Tuna Meliches
by OrCa | Fev 8, 2014 | Sem categoria |
No próximo sábado, dia 15 de Fevereiro, pelas 15 horas, na
Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, terei oportunidade de
apresentar o meu mais recente livro de poemas – Outros Poemas de Menagem -, pela mão e iniciativa da Comunidade de Leitores e Cinéfilos das Caldas da Rainha.
Terei comigo Fernanda Frazão, da editora Apenas Livros, terei
também alunos do Conservatório de Música das Caldas da Rainha, pela boa colaboração da sua directora, Fátima Cotrim, que nos trará as participações de Beatriz Morais (violino), Helena Caldas (piano) e Ruben Tavares (acordeão); contarei também com os meus amigos Heloisa Monteiro (guitarra clássica) e Mário Piçarra
(composição e canto), em precioso auxílio a esta minha apresentação.
Poemas de menagem, um espaço ainda para se dizer bem daquilo e
daqueles que contam mais para a história da vida, quando temos em nosso
redor tanto malefício de desviver.
Entretanto, pela generosidade da Junta de Freguesia de
Carcavelos-Parede, o meu livro não tem preço. Quem quiser, poderá
deixar, como contrapartida, um donativo em favor da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de
Rana – também esse, absolutamente voluntário.
Por mim e para já, vou indo bem, obrigado. Faltar-me-á, apenas, a vossa presença.
by OrCa | Jan 27, 2014 | Sem categoria |
O tempo voa e voando arrasta as nossas vidas. Há nele sempre um tempo para tudo, até para o descanso tão necessário, aquele dolce far niente que tem artes de nos redimir com quase tudo…
Chegou Janeiro, cheio de frio e com a graça dos deuses – esses mesmos, os das coisas pequenas, com que nos transcendemos. Por cá, com jeitinho e vontade de acordar, talvez se vislumbrem ainda as celebrações de antanho a festejar o solstício.
E assim fui, em 05 de Janeiro, assistir ao concerto do CRAMOL, na Igreja Matriz de Oeiras, sempre uma coisa de nos fazer crescer asas nos pés, elevando-nos sem riscos de queda, que aquele mulherio faz-nos sempre voar alto e bem.
Logo depois, em hábito que se vai enraizando ano após ano, lá fomos ruas afora, pelo velho centro da vila, cantando as Janeiras, mesmo se poucas portas ou janelas se abrissem… Se calhar, também, porque toda a população já estivesse na rua…
Janeiro intenso, calcorreando o areal de Carcavelos, o mais belo do concelho de Cascais e arredores, com a presença tutelar do Forte de São Julião da Barra, dia após dia sem que o horizonte nos canse ou sem que a paisagem magnífica das nuvens se repita.
Esses passeios pelo areal, invariavelmente acompanhados por passaredo migratório, às vezes já residente, porventura por ter sucumbido, também como nós, à beleza da paisagem, como à garantia do sustento.
E Janeiro lá prossegue, dia a dia, com denodo. Chegados a dia 09, hora de fazer as Tempestades no Cantarinho, no restaurante Al Cântaro, em Lisboa, pela mão da Fernanda Frazão, sempre amiga e sempre presente, em sessões de desvairada temática, servidas à mesa, iniciadas a faca e garfo e rematadas com a força da palavra ou do argumento, que mais não é que um encadeado de palavras onde julgamos plantar algum nexo.
A Tempestade de Janeiro foi de me dar a vez. Levei até lá Alguns Poemas de Graça, espraiando-me pelos catorze anos que já me leva esta saga de ajuntar palavras, afecto a afecto vividas, sessão a sessão ditas, livro a livro escritas.
Depois, chegados ao dia 12, o rumo foi Coruche, também já destino habitual. Ana Freitas e todos os amigos de Um Poema na Vila receberam-nos com o costumeiro abraço e deram as boas vindas, em sessão sobre a Poesia Popular…
… na Biblioteca Municipal (dita do Mercado)…
… contando ainda com a mestria e os saberes do professor José d’Encarnação, que aceitou trilhar estes caminhos tão afastados na geografia como próximos dos afectos, por trilhos, veredas, ruas e avenidas onde o tal saber que não ocupa lugar não deixa, entretanto de nos encher o coração.
E como se não bastasse, eis que surge José Fanha, acompanhado por Daniel Completo, dando a todos os ares da sua graça e abrindo aquelas portas que Abril abriu e por onde tanto me apraz passar quando o momento se ajeita, em
procuras intermináveis da liberdade que temos e da liberdade que somos.
Eis chegado o dia 15. Um dia de férias metido a propósito para dar um salto até Abrantes e apurar o que há tanto tempo não via. De súbito…
… mesmo no centro da povoação, uma exposição de escultura que se
iniciava na rua e remetia para interiores desconhecidos, conduziu-me até uma digníssima Biblioteca Municipal,
cujo nome homenageia António Botto, erigida no antigo Convento de São Domingos, através da intervenção do arquitecto Duarte Castel-Branco.
Permitam-me um destaque: se passarem por Abrantes visitem este edifício. Não sei o que se passará convosco. Eu sei que fiquei embevecido… e ainda cheguei a perguntar a quem por lá vi se não seria possível dotar aquele espaço com umas rodinhas e rebocá-lo até terras de Carcavelos. Mas não, não era possível, lamentavelmente.
Da exposição que preenchia bom espaço da Biblioteca, deixo-vos um nome que, do alto da minha ignorância, eu desconhecia, confesso, mas pela obra do qual me passeei com o maior agrado: Santos Lopes e os seus Quarenta Anos de Escultura…
… de quem vos deixo um muito pálido testemunho da beleza da exposição (Isadora – Momento 9: «se fecho os olhos, posso ouvir o som duma completa sinfonia e dançar» – Da série Isadora Duncan – 1984, bronze) .
Mas deixo-vos também esta sempre recriada sensação de que há tanta gente a FAZER tanta coisa que seria tão bom que nós todos conhecêssemos e, tantas vezes, apenas por um fortuito tropeção do acaso, vislumbramos. Pensarmos, logo depois, em quanto mais desperdiçamos por desconhecimento… Ou, pior, não percebermos porque se desconhece tanto…
Uma constante de quem ainda possa aventurar-se em algumas «avarias» desvairadas, a busca de um restaurante que vá com a nossa carteira, mas que tenha também artes de nos transportar ao bom sabor dos velhos tempos.
E tive, ou melhor, tivemos sorte. Ou nariz, que sempre ajuda. O restaurante é o Santa Isabel, ali perto da Biblioteca. As entradas, as que se podem vislumbrar acima e, depois, umas enguias fritas muito frescas acompanhadas com uma açorda de ovas… Só mesmo experimentando! Tenham paciência, mas não sobraram para vos trazer. Talvez para a próxima.
A boa companhia nem deu para sofrer esperas, as quais, aliás, nem foram nada de cuidado. E saímos ambos assim-como-quem-diz: quando viermos a Abrantes eu já te digo…
Mas a ida a Abrantes prendia-se, afinal, com uma sessão evocativa a António Feio, por convite de Carlos Peres Feio, o seu (dele) mano mais velho, acompanhado por José Proença de Carvalho, que decorreu na EPDRA – Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (situada na povoação de Mouriscas) e com organização local do professor Hugo Sampaio.
Outro universo diverso, dir-se-ia, onde, através dos poemas que nos trouxeram a companhia sempre viva de António Feio, descobrimos, não sem surpresa, uma plateia atenta e interessada, com a graça não prevista de ser proveniente dos quatro cantos do mundo onde se fala Português.
Esta a equipa que ficou na fotografia. Mas a imagem das «bancadas» dar-vos-ia uma visão muitíssimo mais alargada.
E pronto, lá cheguei (chegámos) a mais uma sessão das Noites com Poemas. Pouco mais de metade de Janeiro decorrido – estávamos a dia 17 – e fomos, pela mão ilustre, tranquila e sapiente de Manuel Dias Duarte…
… apoiado com não menor sapiência pelo professor António Monteiro, no nosso poiso costumeiro, a Biblioteca Municipal de Cascais em São Domingos de Rana, passeando pelas vidas e obras de filósofos pré-socráticos ilustres…
… tendo todos nós a honra de assistir ao lançamento, em primeira mão, da obra com o mesmo nome, da autoria do nosso convidado, como em entrada anterior se anuncia mais em pormenor.
Isto, indo o mês a pouco mais de meio e desdobrando o tempo com uma actividade profissional, em tudo diversa destas lides, e a tempo inteiro. Enfim, o tempo também pode render-nos. Vaidades? Com certeza. Mas, como digo lá para o início, tenteando assim um sentido para a vida…
Um abraço sublinhado para quantos me vão acompanhando nesta luta – é luta, não é…? – de quem destacaria, por não estarem ainda nomeados, o Eduardo Martins e o Francisco José Lampreia. Se calhar é mesmo pelo sonho que vamos…
– Fotografias de Lourdes Calmeiro, José Cordeiro – aquele abraço ! – e Jorge Castro