Hoje, em jeito de homenagem às gentes da Terra de Miranda, mormente para todos aqueles que nos dão um exemplo de perseverança e de combate por aquilo que consideram justo – e com os quais me solidarizo plenamente -, aqui fica a minha réplica, de novo em xisto desperdiçado, do famoso Arqueiro, que se encontra gravado desde tempos imemoriais na Fraga do Puio, na aldeia de Picote.
Um pedaço de xisto num entulho… Por vezes, parece que as coisas falam connosco. Este acenou-me quando eu passava e evocou Foz Côa. As imagens que os nossos ancestrais legaram a quem passa e que povoam as nossas mentes. Pelo menos, algumas, enfim…. E considerei restituir alguma dignidade àquela pedra abandonada em desperdício. A bráctea da buganvília confere-lhe escala. E a pedra passou a habitar a minha casa.