Integradas nas comemorações Rumo ao Centenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de Rana, inúmeras têm vindo a ser, nos últimos quatro anos, as actividades que irão culminar no próximo dia 02 de Julho de 2011, para as quais tenho tido o prazer e a honra de ser convidado para participações de diversa índole.

Desta vez, com a colaboração ilimitada da Junta de Freguesia de Carcavelos, na pessoa da sua presidente Zilda Costa da Silva, teve lugar a exposição de Pintura do meu amigo Arnaldo Pereira Coutinho, com o título Para lá do Arco-Íris

… que mereceu honras de gradas personalidades, mas da qual eu gostaria, entretanto, de destacar o grande encontro de amizades que decorreu, por esse ameno fim de tarde, em Carcavelos.  

Coube-me a mim (…!…) a dificuldade de apresentar a exposição de Pintura… A mim que sei de palavras tão pouco e da arte das tintas quase nada. Mas, ainda assim, descobri outras artes, com o auxílio preciosíssimo da Vera e do Nuno, para surpreender o meu amigo com um imenso abraço, que fica memorável… 

No fim, claramente, muitos fomos os irremediável e irreparavelmente culpados, como sem sombra para dúvidas declarou o interessado e vítima assumida de tão grande culpa… 

«Os olhos estão presos ao que os os pés alcançam…»
(Pés-mira – óleo sobre tela – 30×50)

«Pai, qual é o destino para que eu nasci? E o Pai disse: é aquele que sonhares.»
(Vera Paz – Óleo sobre tela – 80×40)

Para lá do Arco-Íris, lugar que se pode visitar no salão nobre da Junta de Freguesia de Carcavelos até ao próximo dia 03 de Julho.  E há sempre ouro no local exacto onde o arco-íris encontra a terra…
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No dia 25 de Junho, passeio por terras de Tires e de São Domingos de Rana, com visita à Quinta dos Caniços, passeio e visita guiados pelo professor Fernando Catarino, com a vitalidade, os saberes e a irreverência que lhe estão entranhados na pele…  

… mostrando-nos as cores da terra – de onde viemos e para onde vamos – com a sólida sustentação das evidências, ali ao alcance da mão…

… suscitando as pinturas – também ele – que o calor dessa terra nos pode proporcionar e que se encontram, afinal, tão perto de um olhar distraído…

… com uma veemência que lhe é muito própria e perante a qual não custa nada deixarmo-nos convencer.
– Fotografias de Lourdes Calmeiro