Não é da natureza deste espaço dar destaque a comemorações por morte de alguém.
Talvez por isso mesmo hoje e aqui se celebre uma memória viva, presente e actuante que nos enforma a todos, mesmo até àqueles que o desdenharam em vida ou que o receiam na morte.
Por quanto lhe estamos ainda a dever, enquanto Povo, enquanto gente,
que nos viva José Afonso!
A verticalidade, que infelizmente é uma espécie em vias de extinção em muitissimos sectores desta nossa desvairada vida, foi uma das práticas que o José Afonso não conseguiu abandonar.
Enquanto Homem. Português.
Depois, foi poeta, e de que maneira, e compositor, e de que maneira.
Não sei as voltas que ele dará neste momento, lá onde está, e nos vai olhando com aqueles oculos bastante grossos, mas a que não escapava nada…
Apraz-me saber e registar, caro Eduardo, que também colhes esse exemplo de vida e de atitude.
De cada um segundo as suas possibilidades… E talvez já isso nos baste. Que o exemplo frutifique.
Abraço.
Faço minhas as palavras do meu homónimo, porque nunca será demais relembrar os exemplos dos portugueses melhores.
E já agora, viva a vida e este teu dia de número redondo.
Segue um abraço.