bem pregava frei Tomás
mão à frente e mão atrás
olhai bem para o qu’ele diz
ide pr’além do que ele faz
tenho cá com muito afinco
safar-me desta maleita
qu’um home aos sessenta e cinco
tarde ou nunca s’endireita
devolver agora é que é
como a boca de outras eras
eu… de volvo e tu a pé
vou andando enquanto esperas
dás-me um não em querendo sim
dás-me um sim ao empurrão
ficamos assim-assim
europeus ou talvez não
António há p’las’Óropas
temos na ONU um António
já tivemos outro – o Botas…
ah Antónios d’um demónio!
e de Antónios e Marias
lá vai vivendo o povinho
quando a fome traz azias
vale-lhe um Santo Antoninho
somos no mundo os maiores
sempre à frente na loucura
com tanto cimento às cores
morreremos de fartura
pois se o come o construtor
e ao autarca dá sustento
vá de viver na maior
c’o a malta a comer cimento
já fomos povo alegrete
fomos jardim mal plantado
agora tudo é um frete
e o Jardim um mal-criado!
… pois, façam lá Vocelências um esforçozinho para,