No passado dia 22 de Março, no seguimento de convite formulado pelo director do Museu Nacional de Arqueologia e em sessão integrada na comemoração do 120º aniversário do Museu, mas abrangendo também o Dia da Poesia e da Árvore, tive o grato prazer de fazer uma homenagem a José Leite de Vasconcelos, em forma de poemas.
Para além do apontamento em imagens do evento, deixo-vos, mais abaixo, o meu breve texto introdutório da sessão.
– Acolhimento pelo director do Museu, Dr. António Carvalho
– Visita guiada à exposição permanente, patente no Museu, sugerida pela selecção de poemas apresentados
Sessão de homenagem a José Leite de Vasconcelos,
na comemoração do 120º aniversário
do Museu Nacional de Arqueologia
na comemoração do 120º aniversário
do Museu Nacional de Arqueologia
José Leite de Vasconcelos, fundador deste espaço museológico, então chamado Museu Enográfico Português, é exemplo maior e perene de um amor entranhado a esse todo difuso mas preciso que é o SER PORTUGUÊS e da História maiúscula deste povo, amálgama de povos, para o que contribuiu calcorreando incansavelmente as sete partidas de um mar multidisciplinar de saberes, do passado como do presente, em áreas tão diversificadas como complementares, tais como a Etnografia, a Numismática, a Arqueologia, a Filologia e a Linguística, a Literatura e, dentro desta, a Poesia!
Perante tantos e tão profundos conhecimentos e testemunhos que apercebo, eu retiro-me discretamente, deixando espaço a investigadores credenciados, a quem cumprirá transportar, para nosso gáudio e ilustração, esse archote de luz dos saberes nas trevas que teimam em pretender invadir-nos.
Mas que me seja, então, permitido, abusando da vossa condescendência, dar destaque exclusivo – aquele que está ao meu alcance tão só pela minha voz e entendimento – a esta sua costela, a de poeta…
Quem sabe, neste espaço que nos transporta pela vida fora, fazendo reviver a missão dos bardos ancestrais, transmutando, então, o Museu de Arqueologia que desfrutamos hoje na clareira iluminada da floresta, rodeados de frondosas árvores – que também aqui se celebram – ou em redor do fogo primordial, onde a transmissão de saberes ocorria pela oralidade, no afecto e aconchego da palavra e na proximidade e comunhão de destinos dos elementos do clã.
Com uma actualidade que emociona e desperta, a poesia deste nome maior da cultura portuguesa mantém-se fonte de inspiração que atravessou o tempo em busca de nós.
Lisboa, 22 de Março de 2013
Os meus parabéns e o meu abraço. Foi, de certeza, uma sessão excelente.