Se me dás de ti tão pouco
Quanto pouco eu retiro
Pouco a pouco sabe a pouco
Mas é assim que respiro
Louco não sou mas avaro
De tudo o mais que eu queria
E se no pouco reparo
Não me sobra demasia
Dá-me de ti então pouco
Que esse pouco ainda assim
Parecendo talvez tão pouco
Faz-se muito para mim.
– Jorge Castro