25 de Abril de 2014, no Largo do Carmo,
em homenagem a Salgueiro Maia

Este ano, o 25 de Abril teve lugar no Largo do Carmo. Fazíamos, todos, 40 primaveras.
Achei por bem não acrescentar comentários, pois as imagens valem mais e melhor do que quanto pudesse dizer.
Dito isto, apenas reafirmar que, no que respeita ao respectivo enquadramento, estou com a Associação 25 de Abril, obviamente.

fotografias de Jorge Castro

na aula magna (Lisboa), no passado dia 20

Vieram mais cinco e outros cinco e outros cinco, ainda, ao anfiteatro da aula magna até ser muito difícil de contar todos. Mas isso nem era muito importante.
José Afonso era o homenageado e a evocação decorreu sob a égide dos 50 anos da criação d’Os Vampiros.

António de Sampaio da Nóvoa abriu a sessão com chave de ouro. José Fanha, Rui Pato, Francisco Fanhais, Manuel Freire, João Afonso, Ensemble VOCT, Luís Pastor, Lourdes Guerra, Pedro Fragoso… 

… preencheram-nos a alma de conforto. Ao lado de Fanha, na foto acima, a guitarra com que Rui Pato compôs Os Vampiros, há 50 anos, e com a qual voltou, hoje, à liça.  

É sempre um manancial de saúde que jorra nestes concertos de encher corações. E mais não digo, para além da consabida frase em que se diz ser preciso, imperioso e urgente mais flores. Mas que elas sejam cravos vermelhos. Só assim será poema, só assim terá razão, só assim te vale a pena, passá-lo de mão em mão…

sempre que o homem quiser…

estar em Abril é assim…

estar em Abril é assim 

uma vontade de ser 
de criar e de crescer 
num tempo que é de outro modo 
o tempo de criar pão 
e saber ser mundo todo 
sempre ao alcance da mão 
estar em Abril é assim 
um olhar de frente a vida 
por mais que alguém o desdiga 
e um desdenhar da sorte 
quando se dá a passada 
naquela dura jornada 
em que a vida perde o norte 
estar em Abril acontece 
quando dentro de alguém cresce 
um grito cru de esperança 
e na espuma do medo 
num velho muro se escreve 
um poema – um cravo breve 
verde e rubro de mudança 
estar em Abril é bandeira 
que se hasteia numa praça 
quando vem lá outro alguém 
que é alguém de outra maneira 
e na orla da desgraça 
canta contigo também 
canções no vento que passa 
estar em Abril é assim 
sentir-te perto de mim 
quando a mágoa nos afasta. 

– Jorge Castro 



25 de Abril de 2013



A Poesia Está Na Rua – Vieira da Silva

convite
sessão de poesia em homenagem a José Leite de Vasconcelos
no Museu Nacional de Arqueologia

Amizades,
Quero partilhar convosco o convite que me foi formulado – e que muito me honra – pela Direcção do Museu Nacional de Arqueologia, para homenagear José Leite de Vasconcelos através da sua poesia. Aqui fica, então, um resumo dessa sessão, para a qual muito me aprazaria contar com a vossa presença:
– Homenageando a faceta de filólogo e poeta do Dr. José Leite de Vasconcelos no ano do 120º aniversário do Museu Nacional de Arqueologia o poeta, declamador e animador de comunidade de poetas, Jorge Castro, virá ao Museu, dia 22 de março (sexta-feira), às 18h00, fazer uma sessão que celebre o Dia da Poesia e da Árvore e que terá um programa que inclui poesia do fundador do Museu, além de outras peças escolhidas.
A sessão decorrerá na exposição Religiões da Lusitânia.
Com uma actualidade que emociona e desperta, a poesia deste nome maior da cultura portuguesa mantém-se fonte de inspiração que atravessou o tempo em busca de nós.
Fim de tarde, ali mesmo, aos Jerónimos… Conto convosco!
Abraços.
Jorge Castro

Aniversário do Sete Mares – pequeno balanço…

Mais um ano se passou neste espaço. Inaugurado oficialmente em 01 de Janeiro de 2004, ainda que o o seu nascimento físico date de 15 de Dezembro de 2003 – olá, madrinha Thita! -, leva então oito anos de rodagem.
Ponto de encontro e assumido cartão de visita, nele se vai sedimentando uma parte significativa da vida deste seu autor.  
A média regular de cerca de trinta mil visitantes por ano, o que perfaz cerca de oitenta visitas diárias, leva-me a assumir a sua importância na relatividade do concerto deste mundo. E, também, a perseverar.
Deveria, talvez, actualizar-lhe o aspecto, recompor conteúdos laterais… Mas a verdade é que o tempo é escasso e a forma nem sempre condiciona o conteúdo.
A todos os afectos que, com o seu apoio, ajudam a manter acesa esta pequena e bruxuleante chama, o meu forte abraço e a promessa de que o que tenho de mais certo é vir comemorar aqui o próximo aniversário.